O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, está buscando estabelecer uma frente unificada entre as nações que abrigam a maior floresta tropical do mundo nesta quarta-feira, enquanto participa de negociações internacionais sobre o clima. Essa iniciativa é fundamentada em um acordo alcançado um dia antes durante a Cúpula da Amazônia, realizada em Belém.
Os representantes das oito nações amazônicas que se reuniram para a cúpula estão programados para encontrar líderes de países como Indonésia, Congo e República Democrática do Congo hoje. Além da Amazônia, as maiores florestas tropicais do mundo são encontradas na Bacia do Congo e no Sudeste Asiático.
Lula, um ex-presidente que buscou consistentemente a formação de blocos multilaterais com nações em desenvolvimento, tem reiterado seu apelo aos países ricos e industrializados para honrarem os compromissos de financiamento de ações relacionadas às mudanças climáticas em países mais pobres, que tiveram pouco envolvimento na causa do aquecimento global.
Com a intenção de transmitir uma mensagem semelhante na cúpula climática das Nações Unidas deste ano, conhecida como COP28, Lula planeja fazê-lo apoiado por uma coalizão reforçada.
“Nosso objetivo é elaborar, pela primeira vez, um documento conjunto entre todos os países da floresta, para podermos chegar à COP28, que será realizada nos Emirados Árabes Unidos, com uma posição unificada e discutir de forma substancial com as nações ricas”, afirmou o presidente do Brasil, Lula.

No primeiro dia da Cúpula da Amazônia, foi alcançado um amplo acordo para que a região coopere em áreas como o combate ao crime organizado e a pesquisa científica. Entretanto, ambientalistas criticaram a declaração conjunta por não estabelecer o compromisso de eliminar o desmatamento até 2030, além de não atender às expectativas de interromper a exploração de petróleo na Amazônia e combater a mineração ilegal.
Na cúpula climática do ano anterior, Brasil, República Democrática do Congo e Indonésia concordaram em formar uma aliança com o intuito de pressionar os países ricos a financiar a conservação ambiental. A inclusão da República do Congo na cúpula desta semana representa uma expansão gradual dessa cooperação.
Alguns países desenvolvidos estão participando da cúpula de dois dias. Noruega e Alemanha, grandes contribuintes para a conservação da Amazônia no Brasil, estarão presentes, assim como a França, que é considerada uma nação de floresta tropical devido ao seu território ultramarino na Guiana Francesa.