
O Exército está preparando um contingente de 17 mil soldados para o desfile de 7 de setembro, que acontecerá em oito localidades relacionadas às Forças Terrestres. Embora a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deva incluir discursos como os de seu antecessor Jair Bolsonaro em anos anteriores, existe a preocupação com possíveis tumultos, especialmente devido a publicações nas redes sociais associadas a seguidores bolsonaristas.
Na semana passada, o ministro da Justiça, Flávio Dino, alertou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, sobre vídeos que sugeriam protestos violentos no 7 de Setembro. Esses vídeos incluíam declarações polêmicas de figuras como o pastor Silas Malafaia, que criticou o ministro Alexandre de Moraes do STF e os generais do Alto Comando.
Preocupada com a situação, a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, anunciou a criação de um gabinete de crise visando garantir a ordem pública e coordenar as atividades do 7 de Setembro. Este grupo inclui representantes dos Ministérios da Defesa, da Justiça e do Gabinete de Segurança Institucional, bem como a Agência Brasileira de Inteligência, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. A Força Nacional da Segurança também será usada para reforçar a segurança em Brasília.
Enquanto isso, o senador Flávio Bolsonaro lançou uma campanha de doação de sangue para seus seguidores, incentivando-os a fazerem seus protestos no dia 6 de setembro em vez do 7. O general Ricardo Piai Carmona, comandante militar do Planalto, está preparando os últimos detalhes para o desfile na Esplanada dos Ministérios, que terá como tema “Democracia, Soberania e União”.
Embora as autoridades estejam tomando medidas preventivas para evitar tumultos, a expectativa é incerta quanto à presença de apoiadores de Bolsonaro nos desfiles pelo Brasil. Nas redes sociais, alguns sugerem que esses “patriotas” permaneçam em casa. Enquanto isso, as autoridades buscam restaurar a institucionalidade e civilidade nas comemorações do 7 de Setembro.